Por Gastón Cottino (EOL)

Algo evidente.

As utopías comunitárias, veladas, regressam. Prova disso é que desde varias práticas discursivas (sanitárias, de direitos, etc.) se tenta substituir um Outro familiar vindo pelo menos por instituições, em sentido amplo, com a ilusão de colocar o Ideal ali onde não se produziu algo da renúncia ao gozo.

Algo que poderia sê-lo

O nome do pai é a “encarnação da Lei no desejo”[2] e não qualquer outra variante que suspire pelo pai desde normativas ou nos múltiplos dispositivos de adaptação.

Algo que percorre as evidências

Que seja “a função de resíduo” a que “sustenta (e ao mesmo tempo mantém) a família conjugal”[2]. Isso vale para cada um, mesmo que se trate de uma criança institucionalizada ou de um adolescente que caminha pelas margens, “realizando” o objeto de dejeto.

Algo que uma psicanálise poderá fazer diante dessas evidências….., será encarnar de outra maneira essa função de resto, para desenredá-la e, assim poder ofertar um laço ao sujeito.

Tradução Vera Avellar Ribeiro

NOTAS

  1. Lacan, J., Outros Escritos, Rio de Janeiro, JZE.
  2. Ibid.