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PRIMEIRO ARGUMENTO
Novos poros do amor O novo abre um campo para a psicanálise, não de esperança, mas de paixão. A paixão pelo novo não somente como algo que se deve suportar, mas que incita sair de uma condenação, da prisão de escudar-se atrás do pai frente à revelação permanente da experiência analítica: no parlêtre não existe programa para a relação sexual. Essa orientação em relação ao “novo” é proposta por J.-A. Miller aos analistas de hoje e do amanhã como esforço de poesia: não responder a nenhuma voz canônica, não serem filhos do pai, cada um por um caminho próprio para atuar na era “pós-paterna”. O que melhor do que o amor para questionar o novo? Se nossa prática cotidiana é a pressão constante de fazer do gozo parasitário, asfixiante e repetitivo, um lampejo de desejo, que outro meio, que não o do amor, efetuaria esse milagre no ser falante?
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