O imaginário-real do corpo de mulher
Em um primeiro momento, a expressão “corpo de mulher” pode causar certo estranhamento. É um sintagma bastante provocativo, põe-nos a trabalho, podendo ser abordado em diversos ângulos. Na perspectiva gramatical, a locução adjetiva “de mulher” especifica o substantivo corpo. Não se trata aí de um corpo qualquer.

Outra perspectiva é a que abre, no imaginário, certa dimensão real do corpo, da qual encontramos marcas em distintos momentos do ensino de Lacan. Quando Lacan gira sua perspectiva teórica e clínica, afirma que tudo começa pelo gozo, que o significante se “forclui” como ser, apenas existe como gozo. Assim, ele afirma: “o que só existe ao não ser” (Lacan, 1971-1972/2012, p. 131). A partir daí, sentimo-nos convocados a repensar o corpo.

O encontro entre o significante e o corpo anatômico produz um corpo de gozo que precisamente é o que permanece, o que existe. Nesse acontecimento, o significante se corporiza. Há um corpo que goza. Assim pensando, toma valor a matéria que o corpo anatômico oferece ao significante, e isso nos leva a voltar à polêmica Freud-Lacan se a anatomia é ou não o destino.

Tomaremos um caminho que diz respeito ao corpo e ao gozo, partindo de Freud (1923 /1976, p.40) que, na terceira década da sua construção teórica, já dizia: “O ego é, primeiro e acima de tudo, um ego corporal […]. Deriva das sensações corporais, principalmente das que se originam da superfície do corpo.” Assim, a vida entra no campo do mental pelo polo corporal.

Enunciando que “a anatomia é o destino”, Freud (1912/1976) considera que, da mesma forma que nascemos entre urina e fezes, o amor conserva um caráter animal, que faz com que no ato sexual novamente encontremos aquilo que envolveu nossa vinda ao mundo. Podemos concordar, sem dúvida, com essa versão freudiana da frase de Napoleão: “A geografia é o destino.”

Nesse momento Freud destaca que a pulsão se decompõe no princípio em uma grande série de componentes, ou melhor, provém deles. Ainda ressalta que alguns desses componentes não podem ser acolhidos na sua forma final, devem ser suprimidos ou destinados a receber outro uso em uma fase anterior – isso corresponde ao que Miller (2008-2009/2011) em Sutilezas analíticas, denomina de operação de mutação.

Voltemos a Freud. Ele reforça que especialmente os elementos pulsionais escoprófilos demonstram ser incompatíveis com nossa cultura estética, provavelmente desde que, ao adotar a marcha ereta, afastamos da terra nosso órgão olfatório; o mesmo é válido para boa parte dos impulsos sádicos que pertencem à vida amorosa. Ele ainda enfatiza que esses processos de desenvolvimento só dizem respeito aos extratos superiores da complexa estrutura. Os processos fundamentais que levam à excitação amorosa não mudam. O excrementício forma com o sexual uma tessitura íntima e inseparável. A posição dos genitais – entre urina e fezes – segue como fator decisivo e imutável. Os genitais não acompanharam o desenvolvimento para a beleza das formas do corpo humano; conservam ainda hoje um caráter animal como foi durante todo o tempo. Nessa direção, devemos admitir que as pulsões amorosas e a cultura não conseguem harmonia.

Retomemos o ponto que diz respeito ao encontro do significante com o corpo – o corpo biológico deve oferecer ao significante uma matéria de gozo diferente em cada ser. Isso quer dizer que há um primeiro momento, de puro gozo do corpo, quando se forja um corpo – gozo para cada um. Esse gozo concebido por Lacan como gozo feminino, em um primeiro momento, está posto para todo falasser, seja mulher, seja homem.

Trata-se de um gozo fora do Édipo e, conforme Miller (2011) parte de um acontecimento de corpo. Assim, Miller afirma:

O que entendemos quando retomamos a expressão gozo feminino, senão ser que seu regime é profundamente distinto do gozo do macho? Portanto, trata-se de um binarismo: a mulher terá o gozo feminino e o homem terá o gozo masculino. […] não é assim, […] Ele entreviu, pelo viés do gozo feminino[…] que, até então na psicanálise, sempre se havia pensado o regime do gozo desde o lado viril. […] o que abre seu último ensino é o gozo feminino concebido como princípio do regime do gozo. Por isso, o define gozo comotal.(Miller, 2011, aula de 12.3. 2011).

O que significa, aqui, esse gozo como tal? O gozo como tal é o gozo concebido como subtraído de, fora da maquinaria do Édipo, reduzido ao acontecimento de corpo e se dá como conjunto aberto e infinito.

O corpo de mulher implica um encadeamento próprio de simbólico, real e imaginário, que se realiza não apenas como especular, mas também na sua constituição substancial. Vale a pena dizer que se efetua em vários momentos da vida.

O encontro do real do corpo com os significantes de alíngua tomam consistência no corpo imaginário. No momento do estabelecimento da linguagem e da instalação do campo fálico, as coisas se complicam e é possível que a matéria do corpo imaginário tome peso.

Produz-se uma drenagem do gozo feminino ao gozo fálico, definindo as posições: homem para aquele que faz a drenagem e a mulher como aquela que faz uma drenagem bem menor por se conservar no gozo feminino, o que vai designá-la como não toda.

Introduz-se assim uma questão: o corpo anatômico influencia nessa drenagem do gozo feminino para o gozo fálico? Encontramos em Lacan alguns fundamentos que se aproximam de nossa questão.

Lacan (1972-1973/1985, p. 99) faz referência a certa dimensão real de uma mulher, afirmando: “Não há mulher senão excluída pela natureza das coisas que é a natureza das palavras.” Isso quer dizer que é exatamente pelo fato de ser não toda que ela está excluída da natureza das coisas. Há um gozo mais além do falo do qual a mulher nada sabe; apenas o experimenta no corpo. Isso o leva a comentar, no capítulo IX desse mesmo seminário, “que haja algo que funda o ser, certamente que é o corpo” (Lacan, 1972-1973/1985, p. 150). No Seminário RSI, Lacan (1974-1975) indica novamente o estatuto real das mulheres enquanto seres falantes não sem corpo.

Finalmente, tomemos a leitura que propõe Miller em El partenaire-sintoma sobre as fórmulas da sexuação como estruturas significantes do corpo. Aqui, ele introduz o Outro como corpo.

O Outro não é um corpo mortificado, é um corpo vivo, ao menos em certo nível do que podemos chamar a atividade humana […] O Outro é representado por um corpo, por um corpo sexuado. É importante agregar esse caráter, porque não há corpo humano que não seja sexuado. (Miller, 2008, p. 406).

Por outro lado, Miller distingue a estrutura do orgasmo masculino da estrutura do orgasmo feminino em relação aos lados das fórmulas da sexuação, lendo sua lógica como uma lógica corporal na qual a função de exceção do lado esquerdo é encarnada pelo órgão fálico como “fora do corpo”, no homem, enquanto a inexistência da exceção do lado feminino é encarnada pelo próprio corpo como “fora do corpo”, para a mulher.

Assim, Miller considera:

o mais do orgasmo masculino como emergência do gozo fálico, que se distingue por seu lugar ‘fora do corpo’. Nesta zona do ‘para todo x’, represento o corpo em sua harmonia, constituindo um conjunto. Portanto, uma pequena zona delicada, porém muito interessante, que é suplementar e que tem um lugar à parte na economia psíquica. (Miller, 2008, p. 412).

Abaixo, a representação do orgasmo masculino:

Em relação ao gozo feminino, ele destaca:

Do mesmo modo podemos representar do outro lado o gozo feminino pelo não-todo. Também devo representar a ausência deste ponto suplementar e encontraremos, efetivamente, a estrutura diferente e bem conhecida do orgasmo feminino, com sua modalidade em fases e potencialmente, senão ao infinito, menos escalonado. Aqui, não encontramos o ponto ‘fora do corpo’ como no homem, porque o corpo mesmo se converte em ‘fora do corpo’. (Miller, 2008, p. 413)

Abaixo, a representação do orgasmo feminino:

Tecnociências e corpo anatômico

Freud (1924/1976) apresenta uma segunda versão da frase “A anatomia é o destino”. A primeira, já referida, dizia respeito ao corpo pulsional. Dessa vez Freud vai articular esse enunciado com as consequências psíquicas da distinção anatômica entre os sexos. Ao fazer uma vinculação entre o falo, o Édipo e a castração, dá-se conta de que fez uma análise mais criteriosa sobre o desenvolvimento do Édipo nos meninos e se pergunta: como se realiza o desenvolvimento correspondente nas meninas?

Reconhece que, embora o sexo feminino desenvolva um complexo de Édipo, um superego e um período de latência, as coisas não se dão da mesma maneira com os meninos. Ele considera também que a exigência feminista de direitos iguais para os sexos não acrescenta muita coisa, pois a distinção morfológica está fadada a encontrar impressão em diferenças de desenvolvimento psíquico. Enfatiza que o clitóris na menina inicialmente comporta-se como um pênis, mas diante de uma comparação com o companheiro do outro sexo, a menina sente-se inferiorizada e injustiçada. Daí advém a possibilidade de consolar-se pela expectativa de que possa adquirir um apêndice tão grande quanto o do menino, e disso resulta o complexo de masculinidade da mulher.

Freud ainda esclarece:

Uma criança do sexo feminino, contudo, não entende sua falta de pênis como sendo um caráter sexual; explica-a presumindo que, em alguma época anterior, possuíra um órgão igualmente grande e depois perdera-o por castração. Ela parece não estender essa inferência de si própria para outras mulheres adultas, e sim, inteiramente segundo as linhas da fase fálica, encará-las como possuindo grandes e completos órgãos genitais- isto é, masculinos. Dá-se assim, a diferença essencial de que a menina aceita a castração como fato consumado, ao passo que o menino teme a possibilidade de sua ocorrência. (Freud, 1924/1976, p. 223)

O que a época atual introduz como novidade é que as tecnociências conseguem modificar o corpo anatômico por meio de uma série de intervenções complexas, permitindo a alguns seres falantes (como os transexuais), pensar que a anatomia não seja o destino. Essa possibilidade abre também uma nova concepção da pessoa no sentido jurídico do termo, que envolve o corpo. As leis vão transformando-se de tal forma que se abre um espaço de separação entre o que se constitui como identidade civil (que inclui a referência ao gênero) e o corpo anatômico. Aqui se incluem não só os transexuais, como também certos travestis que mudam seu sexo civil. Acreditamos que a frase freudiana se mantém no sentido de que, mesmo nesses casos, os sujeitos devem realizar toda uma série de operações médico-legais para fazer coincidir seu destino com a anatomia desejada, e não com a que lhes é dada pela natureza.

A relação entre o discurso da ciência médica e o da psicanálise é analisada por Calmon e Moreira (2012), que partem da interrogação: como no transexualismo se efetuaria a apreensão do corpo? Tomando a questão do corpo de mulher no transexual masculino, esses autores mencionam, recorrendo à literatura, o caso relatado pelo autor francês H. Frignet (2002), que é considerado o ato que marcou o “nascimento” do transexualismo. Trata-se da intervenção endócrino-cirúrgica praticada em 1952 em George Jorgensen, 28 anos de idade, ex-soldado do exército norte-americano. Essa cirurgia tornou-se um acontecimento no campo científico e social. Esse ato inaugural fez brotar uma desmedida demanda pelas cirurgias transgenitais.

Lacan (1971/2009) afirma a condição psicótica dos transexuais, e isso permite pensar que a certeza que eles têm de pertencer ao sexo feminino e a necessidade imperiosa de efetuar a castração relaciona-se com o empuxo à mulher, como empuxo ao gozo feminino. Assim, a castração se realiza no real do sexo pela extirpação do pênis e, ao mesmo tempo, cumpre a função de suplência.

Mais adiante, Lacan (1971-1972) enuncia que o transexual deve “pagar o preço” por não fazer a separação entre real e simbólico. Nessa confusão de tomar um pelo outro é que ele tenta extrair o significante, eliminando o real, extirpando o órgão. Lacan atenta que é como significante que ele não o quer mais, e não como órgão. A loucura do transexual é querer livrar-se desse erro – ele não vê que o significante é o gozo e o falo é apenas significado. Ele padece do erro de querer forçar pela cirurgia o discurso sexual.

A demanda do transexual de correção cirúrgica é um pedido de que o discurso da ciência lhe dê um corpo de mulher. Millot (1984, p. 37) demonstra isso conforme representado na figura abaixo:

O fracasso da expectativa provocada pela demanda de fazer A Mulher toda, e não apenas uma neovagina, evidencia que esse corpo da anatomia homem não obtém êxito na tentativa de alcançar o gozo feminino.

O sintoma transexual teria, conforme Millot, uma função estrutural análoga à que Lacan atribui à escritura para Joyce. Isso permite compreender por meio de que suplemento se evita a psicose. Geller (2011) considera que os sujeitos psicóticos, que não constroem um delírio de transformação de mulher como Schereber, não conseguem uma invenção para interpretar o gozo do órgão, pênis, tentando suprimi-lo mediante a cirurgia.

Em outra direção, cuja transformação em corpo de mulher não aconteceu em função de uma demanda transexual, o caso Bruce (Colapinto, 2001) marca o afã da ciência diante do imperioso desejo de determinar a condição sexual humana. Bruce nasceu como um garoto. Uma cirurgia para circuncisão deixou uma séria lesão no seu pênis. Seus pais, tendo tomado conhecimento dos estudos do psicólogo John Money, sobre o gênero, decidiram procurá-lo e este os aconselhou a submeter o garoto a uma cirurgia de redesignação sexual, que transformaria o pênis lesionado em uma vagina, e a criança deveria ser educada como uma menina.

Nessa experiência, notamos que a ênfase no determinismo sexual está posta na cultura e na evidência de que o garoto é tomado na posição de um objeto de práticas científicas. Foi exatamente o impedimento da emergência desse lugar de desejante que ocasionou o desastre da experiência, pois Bruce recusa o papel do gênero feminino que lhe fora dado pelo Outro da ciência e também se distancia da respectiva escolha de objeto sexual que lhe fora imposta pela cultura.

Quando criança não se sentia como uma menina, o que era manifestado em atos de rasgar vestidos e recusar-se a brincar com bonecas. Aos 14 anos, seus pais decidiram contar a verdade ao garoto. Essa decisão levou Bruce a mover uma busca para resgatar seu lugar de homem, submetendo-se a uma série de intervenções no corpo, além de retificar seu nome civil. Entretanto, essa tentativa de resgatar o órgão anatômico não foi tão bem-sucedida conforme o relato do caso evidencia. David, como passou a se chamar por escolha própria, chegou a casar-se com uma mulher; mas esta, após quatorze anos de convivência, cansada do “caráter melancólico” do marido, propôs a separação. Poucos dias depois, David matou-se com um tiro.

Diante da resposta caprichosa da ciência em construir um corpo de mulher, perguntamos: a ciência estaria operando no sujeito a serviço do delírio? Ansermet (2011) considera que a ciência, ao tentar operar sobre o real pelo simbólico, permite intervir de maneira inédita na realidade, que pode se encontrar revirada: com as biotecnologias contemporâneas, pode-se ir até o ponto de fazer a realidade delirar. Ou, pelo menos, tudo se passa como se houvesse os meios de fazer a fantasia penetrar na realidade.

Assim, para esse autor, pode-se hoje, intervir nas referências simbólicas até desarranjá-las. As diferenças do sexo, por exemplo, podem ser perturbadas através do oferecimento da possibilidade de procriação e de gestação em um transexual mulher que se torna homem. Se for efetivamente possível modelar assim a realidade, a fantasia avança sobre a realidade, penetra em toda parte, até adentrar, conforme Miller (2000), o real. Se o gozo, como diz Ansermet, é o resto, é o produto da operação da ciência, pode daí advir um apelo à psicanálise. Trata-se de estar pronto para acolher, para receber a miséria do gozo produzido pelos efeitos da ciência.

A conclusão a que chegamos é que as práticas tecnológicas de mudança de sexo, ao fazer a realidade delirar, revelam a falha estrutural do Simbólico para tratar todo o Real, permitindo a produção de alucinações cada vez mais aberrantes, que tem como consequência a conformação do corpo ao ideal Imaginário. Acompanhando essa lógica, Miller (2010) propõe a reflexão sobre a ideia de que o homem deseja tornar-se um produto de síntese; se assim for, “amanhã a engenharia biológica, o gênio genético, fará desse sonho, realidade e pesadelo”.


Referências

  • Ansermet, F. Ciência. In: Scilicet. A ordem simbólica no século XXI. Belo Horizonte, MG: EBP/Scriptum, 2011.
  • Colapinto, J. Sexo trocado. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001.
  • Calmon, A. S. C.; Moreira Júnior, W. C. A ciência a serviço do delírio. In: Santos, T. C.; Santiago, J.; Martello, A. (Org.). De que real se trata na clínica psicanalítica? Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 2012.
  • Freud, S. A dissolução do complexo de Édipo. Rio de Janeiro: Imago, 1976. p. 215-224. (Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, v. 19) (Texto originalmente publicado em 1924).
    ______. O ego e o id. Rio de Janeiro: Imago, 1976. p. 32-41. (Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud , v. 19). (Texto originalmente publicado em 1923).
    ______. Sobre a tendência universal à depreciação na esfera do amor. Rio de Janeiro: Imago, 1976 p.163-173 (Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, v. 11) (Texto originalmente publicado em 1912).
  • Frignet, P. O transexualismo. Rio de Janeiro: Cia de Freud, 2002.
  • Geller, S. Transexualismo. In: Scilicet: A ordem simbólica no século XXI. Belo Horizonte, MG: EBP/Scriptum, 2011.
  • Lacan, J. O seminário, livro 18: de um discurso que não fosse semblante (1971). Rio de Janeiro: J. Zahar, 2009.
    ______. O seminário, livro 19: …ou pior (1971-1972). Rio de Janeiro: J. Zahar, 2012.
    ______. O seminário, livro 20: mais, ainda (1972-1973). Tradução de M. D. Magno. Rio de Janeiro: J. Zahar, 1985.
    ______. Seminário RSI (1974-1975). Aula de 11 mar. 1975. Inédito.
  • Miller, J.-A. El banquete de los analistas 1990. Buenos Aires: Paidós, 2000.
    ______. Curso de Orientação Lacaniana. Aula 5 de 12 mar. 2011.
    ______. Mutações de gozo. Aula de 11 mar. 2009. In: ______. Sutilezas analíticas 2008-2009. Buenos Aires: Paidós, 2011. cap. 11.
    ______. El partenaire-sintoma. Buenos Aires: Paidós, 2008.
    ______. Seu olho é capturado enquanto sua cabeça é posta para dormir. Trad. M. C. Maia. Le Point, n. 1.953, 25 fev. 2010. Entrevista.
  • Millot, C. Exsexo: ensayo sobre el transexualismo. Buenos Aires: Catálogos SRL, 1984.

Notas

  1. Trabalho coletivo, elaborado por Analicea Calmon, Bernardino Horne, Celia Salles, Fátima Sarmento (relatora), Graciela Bessa, Lucy de Castro, Maria Josefina Fuentes, Nieves Soria DaFunchio.