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CITAÇÕES E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

30 de junho de 2025

 “UM EXCESSO DE SEXUALIDADE” – Entrevista com José Luis Obaid (NEL/AMP) José Luis Obaid, membro da NEL e da AMP, interessa-se pelo witz, “falar com a criança”, e convida-nos a segui-lo numa elaboração precisa que, dando lugar ao sentido — ao que é “vivido como” — e às voltas e reviravoltas da história, aponta para uma borda fina e invariável (digamos com Lacan, trou e trop), últimíssima e primeira — Obaid sublinha como um oxímoro — no falar do sujeito.

Rubrica Eixo 2 – SEMBLANTE E REAL

30 de junho de 2025

Maria do Rosário Collier do Rêgo Barros EBP/AMP Acrescentar ao falar a dimensão do testemunho coloca em jogo a presença de algo que escapa ao sujeito ao falar e que o atormenta e vai além de qualquer intenção de comunicar. Está lá o que atormenta, o que angustia, sem que se possa falar. O testemunhar requer um trabalho, a construção de uma verdade mentirosa, uma histoeria[1], que torna transmissível o que permite lidar com a tormenta. O uso da fala em análise serve para tratar um real que acossa cada um de forma bem singular. A experiência da fala dirigida a um analista abre a possibilidade de entrar em contato com o…

Rubrica Eixo 1 – ENTRE DUAS LÍNGUAS

30 de junho de 2025

Ennia Favret EOL/AMP “Nem frase do fantasma nem invólucro formal do sintoma, a frase significativa é uma ampliação do nosso vocabulário clínico”. É. Laurent[i] Orientada por esta proposta, apresentarei duas vinhetas. Margot é uma criança quando sua professora a nomeia como “a estrangeira que escreve sem erros de ortografia”. Uma frase com intenção elogiosa, que não possui uma carga traumática aparente, mas que, no entanto, impacta, perturbando sua subjetividade – desconcerta-a, divide-a. Ela nunca a esqueceu, e foi somente quando levava a filha à escola que a recordou, com um certo matiz angustiado, mas que, ao mesmo tempo, a fez…

Nossa alfabestização[1]

30 de junho de 2025

Entre língua e lalíngua Marcus André Vieira[2] I Em o Aturdito, Lacan retoma e parodia o título de seu texto inaugural. Em vez de Função e Campo da fala e da linguagem na psicanálise, Ficção e Canto. Ele retoma a prevalência da fala em nossa prática, mas, com esta paródia, opõe o modo de presença e o ato propriamente analítico da fala (do discurso ou mesmo da palavra, possíveis traduções do francês parole) a estes dois outros modos. Ele traz, inclusive, uma cena que dramatiza os lugares e funções da ficção e do canto: a sala de plantão de Saint…

Conceber uma criança[1]

30 de junho de 2025

Christiane Alberti[2]   Conceber  O título que vocês deram a esta Jornada[3] chama a atenção de imediato por seu caráter moderno, afinado com a vanguarda da atualidade. De fato, a escolha do termo “conceber” já implica algumas consequências que merecem ser assinaladas. A própria palavra conceber nos interpela, sobretudo quando consideramos sua origem latina – concipere, que significa ‘conter completamente’ –, de onde veio, “formar em si mesmo uma criança”. Assim, a palavra foi primeiramente introduzida para expressar a ideia de “formar uma criança em si” e, simultaneamente, adquiriu um sentido intelectual: “representá-la para si no pensamento”. Desde sua origem,…

CONCEBER UMA CRIANÇA[1]

12 de junho de 2025

 Christiane Alberti[2]  Conceber  O título que vocês deram a esta Jornada[3] chama a atenção de imediato por seu caráter moderno, afinado com a vanguarda da atualidade. De fato, a escolha do termo “conceber” já implica algumas consequências que merecem ser assinaladas. A própria palavra conceber nos interpela, sobretudo quando consideramos sua origem latina – concipere, que significa ‘conter completamente’ –, de onde veio, “formar em si mesmo uma criança”. Assim, a palavra foi primeiramente introduzida para expressar a ideia de “formar uma criança em si” e, simultaneamente, adquiriu um sentido intelectual: “representá-la para si no pensamento”. Desde sua origem, o…

RUBRICA EIXO 4: COMO FALAR COM O FEMININO?

12 de junho de 2025

Margarida Elia Assad – EBP/AMP São muitas as manifestações do que se extravia na constituição do falasser. Ao assistirmos a série Adolescência, muito comentada nas redes sociais, ficamos pensando sobre o quê  falar com esses sujeitos que acabaram de sair do que chamamos Infância, tradicionalmente chamados de púberes ou adolescentes, e se mostram desorientados em relação às parcerias sexuais. Penso mais em escutar do que falar; o que escutamos quando vemos uma geração desorientada, angustiada e sem rumo? O que está acontecendo? Como psicanalistas, somos advertidos pela revelação freudiana de que enquanto ser-para-o-sexo, somos também ser-para-a morte. Quando atravessamos uma…

CITAÇÕES E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS – LANÇAMENTO NO XII ENAPOL – EDIÇÕES EM FRANCÊS E ESPANHOL

12 de junho de 2025

SER MÃE – Mulheres psicanalistas falam da maternidade Sob a direção de Christiane Alberti   Introdução atualizada da presidente da Associação Mundial de Psicanálise. Ser mãe — isso parecia simples e natural! Fim das evidências. A mãe se pluraliza — biológica, simbólica, doadora, de aluguel. A figura do “responsável parental” apaga a distinção entre pai/mãe. A ciência levanta o véu sobre o desejo de ter filhos, agora emancipado das relações com o outro sexo e dos limites da natureza. A modernidade desnuda todas as fantasias do desejo de maternidade — a criança com a qual sonho, do jeito que quero…

CITAÇÕES E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

12 de junho de 2025

FREUD  “O segundo grande problema a ocupar a mente de uma criança – um pouco mais tarde, sem dúvida – é o da origem dos bebês. Isso geralmente é despertado pelo indesejado nascimento de um irmão ou de uma irmã. …Os que sabem interpretar os mitos e as lendas podem identificá-lo no enigma que a Esfinge de Tebas apresenta a Édipo. As respostas usualmente concedidas à criança danificam seu genuíno instinto de investigação e, via de regra, também desferem o primeiro golpe na confiança que ela deposita em seus pais. Dessa data em diante, geralmente começa a desconfiar dos adultos…

CONEXÕES: ACALANTOS DA AMÉRICA

12 de junho de 2025

Andreina Solórzano Estela Castillo Maggie Jáuregui Miguel Ramírez Comissão do Boletim Tambor (NEL)   Cada cultura possui suas próprias formas de acalanto, canções de ninar adaptadas às estruturas rítmicas e melódicas próprias da música folclórica de sua região. No vídeo, vocês poderão escutar, primeiramente, um acalanto em um conjunto de línguas indígenas e originárias do México, o náhuatl que significa “coisas que soam bem, som claro ou ordenado”[1]. A segunda é uma canção de ninar mapuche que é a língua nativa do Chile e de parte da Argentina.      Este acalanto é interpretado por Beatriz Pichi Malen, cantora argentina de origem…