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A DESEROTIZAÇÃO DO MUNDO – PAIXÕES TRISTES DE TODOS OS GÊNEROS

SALA: O SEXUAL DO INFANTIL
A DESEROTIZAÇÃO DO MUNDO
PAIXÕES TRISTES DE TODOS OS GÊNEROS

 

“Não há uma condição universal de escolha de objeto. Por isso sempre surge uma

peculiaridade contingente quando alguém toca a dimensão dessas condições, e o Outro

zomba desses pobres sujeitos, um a um, com suas condições particulares de amor” (Miller, J.-A. Convergência e Divergência. Opção Lacaniana online nova serie, n. 2, julho 2010.)

 

Relatores: Lorena Greñas (NEL); Heloisa Telles (EBP); Gisela Smania (EOL)

Participantes: Agustín Farré (San Juan), Andrés Amariles (Medellín), Bruna Albuquerque (Belo Horizonte) Camila Ventura (Rio de Janeiro), Dalia Virgilí (Buenos Aires), Diego Cervelin (Florianópolis), Edgar Vásquez (Ciudad de México), Florencia Fernández (Montevideo), Iara Suárez (La Plata), Iván Delgado (Maracaibo), Marina Fragoso (João Pessoa), Miguel de la Rosa (Guayaquil).

Introdução

Este relatório foi elaborado pelas três Antenas do Observatório A deserotização do mundo – Paixões tristes de todos os gêneros, constituído em janeiro de 2025 pela FAPOL[1]. Concluída a fase inicial, com a discussão dos textos produzidos por cada Antena, prosseguimos no caminho de elaboração e escrita que nos conduziu até aqui, considerando especialmente o tema proposto para uma das Conversações Federativas. O desafio estava posto: como fazer ressoar a deserotização (do mundo) e o infantil?

Partimos do sintagma “do mundo” para – distantes de qualquer afã sociológico – designar a “espiral de nossa época”[2], advertidos de que essa se define em seu carácter transindividual, no nó irremediável que constituem o individual e o coletivo. Compete-nos extrair os axiomas que comandam o espírito de nosso tempo para produzir – mais além da pregnância dos fenômenos de época – uma leitura possível. Assim, a partir da prática analítica[3], como ler a deserotização em cada parlêtre nos tempos atuais?

Destacamos duas questões fundamentais que serviram como ponto de partida para a investigação:

1- A criança se revela, se concebe cada vez mais nas ficções que animam a civilização como “objeto apaixonadamente desejado e rechaçado”, tornando-se a policromia do perverso polimorfo: índice de um insuportável.

2- A onipresença da pornografia torna-se hoje tributária das paixões tristes, sobre as quais testemunham especialmente os jovens.

Apresentamos, a seguir, os seguintes pontos para discussão e conversação:

I. Do escândalo ao empuxo ao gozo

Três fragmentos clínicos nos permitiram captar o valor perturbador que agita as demandas atualmente. Dois deles situam como, por exemplo, o corpo da criança, enquanto objeto, concentra, condensa a dimensão do escândalo, rechaçando a maneira singular como um corpo, na qualidade de vivo, goza. O terceiro discorre sobre o modo como as paixões tristes ignoram a causa escrita no inconsciente.

Uma mãe procura atendimento, angustiada por ter surpreendido seu filho no banho com um primo três anos mais velho. Chega convencida de que o que ali acontecera foi um abuso. A analista pede para conversar, a sós, com o menino, que comenta que isso já havia ocorrido outras vezes e que lhe causava vergonha. Fala do aborrecimento da mãe e do distanciamento, do escândalo familiar suscitado pela cena; e que para ele isso foi um jogo. A analista equivoca o abusivo, introduzindo certo impasse: “Talvez seja necessário que isso que aconteceu comece a ser nomeado de outra maneira”.

Em outro caso, um menino, depois de um toque fugaz em seu corpo por parte de um vendedor durante uma viagem, relata o acontecido a sua mãe, que reage com pânico e faz uma denúncia. Enquanto a família se mobiliza atenta à “prevenção do trauma” que isto causará ao menino, ele se dedica a contar a história na escola, chegando a dizer ao analista: “Gosto de ser o centro das atenções”.

Freud, com a sexualidade infantil, “perturbou o sono do mundo”[4]. Éric Laurent, em uma leitura atual dos “Três ensaios”, propõe uma questão fundamental: “[…] interrogar novamente onde, de fato, cabe situar o escândalo. Claramente, há algo do sexual que não pode se inscrever no discurso da cultura; algo que sempre deve ser cercado, limitado […]”[5]. Este é o real a considerar e, como tal, seguirá sendo inquietante, perturbador. Freud escandaliza porque o aberrante é o sexo, ele mesmo, já que o sexual não tem regras, não encaixa[6].

Por outro lado, paradoxalmente, a própria civilização impulsiona, com suas ofertas, seu imperativo de gozo: o sexo está nas telas e facilmente acessível, inclusive para as crianças. Como destaca Laurent, “este empuxo ao gozo vai muito bem […] com o gozo autoerótico de uma pornografia generalizada, incrementada com a realidade fictícia, […] sem partenaire[7].

O terceiro recorte de que nos servimos: um jovem acorda às 6:00 da manhã, lê notícias e depois começa a ver pornografia – sempre o mesmo tipo de material predeterminado pelo algoritmo. A religião que segue indica que tais hábitos são condenáveis; recrimina-se por ser fraco de espírito e de fé. Este momento lhe é imposto como condição para iniciar o restante das atividades que, igualmente, tampouco lhe proporcionam algum prazer: vai à academia, corre e treina boxe. Chega à conclusão de que se ele dedicar mais tempo ao treino, terá menos energia para ver pornô. Faz assim e, depois do entusiasmo inicial, chega a decepção, tem mais tempo, mas não sabe o que fazer com ele.

Lacan, seguindo Espinosa, propõe em “Televisão”[8] que as paixões tristes são aquelas que impedem a ação e tornam impossível a dimensão do prazer, incluindo-se, nesta série, não somente a covardia moral da tristeza, o pesar e a melancolia, mas também o tédio, a morosidade e o mau-humor. A justificativa é simples e elegante, uma vez que estes afetos dizem de um extravio concernente à relação do sujeito com o inconsciente e o bem-dizer – portanto, com o campo do Outro, o desejo e o gozo.

A performance que a pornografia implica não deixa de evocar a ausência de um erotismo que encontra nos semblantes sua sustentação. Há, sim, um império da técnica sobre a sexualidade, um tabu da palavra, um gozo do corpo suposto bastar a si mesmo, um apelo a um gozo separado do inconsciente[9].

II. O fator infantil

Lacan associou a dignidade da psicanálise a produzir grandes pessoas[10], dado que elas não existem[11]. Não se trata de um assunto etário ou cronológico, mas sim de uma posição de responsabilidade em relação ao gozo, uma ética. Grandes pessoas são aquelas que se responsabilizam pelo gozo que as habita e que vitaliza seus corpos, fazendo desconsistir o Outro o suficiente para tanto.

Na clínica psicanalítica com crianças, inclusive, trata-se de tomar o gozo em uma escala que não é a familiar, porque “a escala de tratamento do gozo que é a metáfora paterna – o Édipo – é considerada numa ordem de subversão muito maior” [12]. O fator infantil[13] torna-se, então, um elemento a ser situado na orientação pelo real, esse ponto preciso do choque de lalíngua no corpo, aquilo que perdura para toda vida[14], mais além da estrutura clínica, porque erotiza, causa, marca. Distinto da neurose infantil – uma vez que é seu núcleo estruturante, mas não inclui sua novela –, o fator infantil define a relação do ser falante com seu objeto de satisfação.

Uma pergunta se impõe: qual é o instrumento de gozo que um ser falante constrói para si? Tanto nas crianças como nos adultos trata-se da construção de uma relação com o objeto de gozo sob a forma de uma ficção, eventualmente um fantasma. Apostar que o corpo não fique capturado como objeto dos fantasmas parentais, tutorais ou da época[15], mas o suficientemente separado deles, ou seja, subjetivado, para construir uma relação própria ao objeto ($ <> a).

Lacan alertava que, no liberalismo, o problema da época seria o recorte do corpo em pedaços[16], a deslocalização do gozo, sua imposição generalizada e dispersa, “[…] a segregação trazida à ordem do dia por uma subversão sem precedentes”[17]; o mesmo que Miller nomeou como subida do objeto a ao zênite da civilização. O mais-de-gozo que o capitalismo promove, por meio do consumo, convida a uma experimentação fragmentada do corpo, irrompe.

Nos tempos atuais, os psicanalistas estão convocados a apostar em algo mais que o Pai, operando uma dupla localização nos dizeres: o sujeito e o objeto. Com sorte, será possível inclusive produzir uma relação ($ <> a) que anime, mas advertidos de que, no fantasma, nunca se chega verdadeiramente a colocar a mão[18].

Freud encontra este laço fundamental entre o sintoma e o que deixa marcas indeléveis, que ressurge como acontecimento de gozo, que ultrapassa o Isso fala, uma vez que o infantil “escreve a importância do que resta fora do sentido para o sujeito […], é um nome do real na experiência analítica”[19].

III. Perturbar as paixões tristes: gay sçavoir

De que erótica falamos, hoje, diante do empobrecimento dos semblantes e do gozo no zênite do social?

A partir de um ponto preciso de seu ensino, em “Televisão”, Lacan assinala que o “Outro da civilização universal vai chamar-se […] discurso do capitalismo”[20]. Cabe-nos cernir a abrangência dessa definição na subjetividade da época. Assim, podemos ler que o sujeito – em seu estatuto de consumidor – pode ficar capturado em uma reedição contínua de satisfação, na qual só há espaço para a “máxima excitação imperdível”[21]. Assim, não são raras as situações em que se chega a preferir “a certeza […] do gozo pleno do objeto sem desejo”[22].

Lacan esclarece que a função do discurso é produzir o laço social. Todo laço social é, em última instância, um laço erótico, um laço de amor[23]. No entanto, na clínica contemporânea nos deparamos com os efeitos subjetivos do falso discurso capitalista, que ignora, rechaça as coisas do amor, contribuindo para a deserotização do mundo, cujo valor clínico toma a forma das paixões tristes.

Assim, o sujeito corre atrás da incansável produção de objetos em detrimento do objeto íntimo, esse que chamamos, com Lacan, de objeto a. Tal como coloca Christiane Alberti, nossa civilização se caracteriza pelo fato de que o fazer e o ter prevalecem sobre a densidade do ser[24]. “O que acontece quando os objetos da realidade, do bem, prevalecem sobre a causa do desejo? Quando o sujeito permanece aprisionado aos seus gadgets, em uma satisfação quase autista, marcado pelo índice da exterioridade, ele se vê despojado de uma parcela de interioridade[25]. Essa interioridade constituída pela palavra e que se deve ao eco no corpo do fato que há um dizer. Sem esse habitat interior da palavra, com a dimensão erótica que ela supõe, muitos jovens e adolescentes vêem-se, por exemplo, sem poder se servir da imaginação, do despertar da fantasia. Ou melhor, eles parecem aliviados de não terem de produzir seus próprios devaneios, aí mesmo onde o objeto tecnológico os empanturra de sonhos já sonhados, feitos para todos, prêt-à-porter. O Umwelt tecnológico os coloca para dormir, protegidos do “toque do real”[26], do eco da palavra e de seu efeito de afeto no corpo.

Um recorte clínico ensina algo sobre o papel ineludível dessa parcela íntima da palavra em seu encontro contingente com o corpo, sobre como, para cada um, foi “instilado um modo de falar”, marca sobre a qual se funda a hipótese erótica do inconsciente.

“Me sinto muito criança”. Assim se apresenta em análise um paciente que fala quase para não ser ouvido. O “não poder falar” constitui um traço infantil que perdura. Fala rápido, um pouco sem vida, em um português marcado por sua língua materna.

A analista faz um grande esforço a fim de segui-lo, mais atenta a isso que ressoa na palavra que ao significado. O paciente diz que não se sente escutado em nenhum lugar como quando faz sua análise. Quais são as possibilidades para erotizar um dizer?

Servindo-se do “tempo que faz falta”, o paciente começa a falar de sua “compulsão” pelo álcool, pelas drogas e pela pornografia. Começa a perguntar-se sobre como enlaçar amor, desejo e gozo; sobre como enfrentar a diminuição da frequência das relações sexuais com sua parceira, diante da alucinante exposição à pornografia e do fato de poder pagar pelo sexo. Assim, entre “a voz que não sai, o ruído e o silêncio”, ele consegue extrair de seus ditos e de seus excessos alguma medida do que lhe é insuportável.

O que podemos extrair dessa clínica de sujeitos entediados frente à inexistência da relação sexual, que retrocedem na hora de assumir uma posição a respeito do sexual, do corpo? Neste tempo, no qual as máximas de “autoajuda” – em seu caráter universal – se multiplicam, poderíamos falar de um rechaço do valor erótico da língua, sempre dita no singular?

A pornografia está a serviço desse estado de “vacuidade semântica”, acompanhada pela banalização e o desencanto que, hoje, afetam os sujeitos. Em “Televisão”, Lacan afirma que a subjetividade moderna está capturada pelo tédio, destacando que o que conduz a este afeto é reduzir o Outro ao Um, ou confundi-los[27] [28]. A psicanálise luta contra a depressão, o tédio e até mesmo contra a morosidade, porque afirma ao sujeito que, no horizonte da subjetividade de seu tempo, sempre haverá um furo no Outro[29].

Entre as distintas manifestações do excesso e as determinações que sempre falham em fazer consistir um plus de satisfação duradouro, as paixões tristes parecem se apresentar nos ditos dos pacientes como testemunhos de um saber que submerge especialmente na impotência. De fato, Miller observa que “quando o saber é triste, ele é impotente para colocar o significante em ressonância com o gozo, [de modo que] esse gozo permaneça exterior”[30]. Nesse sentido, uma análise pode se constituir como o espaço em que cada um se perceba capaz de localizar o impossível onde, antes, só havia impotência, em consonância com uma ética do bem-dizer – gay sçavoir[31] –, que é muito diferente do saber todo-poderoso, o qual “consiste em cercar, em fechar, no saber, aquilo que não se pode dizer”[32].

 


[1] Participantes: Agustín Farré (San Juan), Andrés Amariles (Medellín), Bruna Albuquerque (Belo Horizonte), Camila Ventura (Rio de Janeiro), Dalia Virgilí (Buenos Aires), Diego Cervelin (Florianópolis), Edgar Vásquez (Ciudad de México), Florencia Fernández (Montevideo), Iara Suárez (La Plata), Iván Delgado (Maracaibo), Marina Fragoso (João Pessoa), Miguel De la Rosa (Guayaquil).

Leitoras: Gisela Smania (EOL), Heloisa Telles (EBP), Lorena Greñas (NEL).

[2] Cf. Lacan, J. “Função e campo da fala e da linguagem em psicanálise” (1953). Escritos, Rio de Janeiro: Zahar, 1998. p. 322.

[3] A matéria dos Observatórios é a mesma que a da experiência analítica: é a hipótese sustentada no texto de apresentação da proposta. Ver: Otoni, F. A matéria do Observatório FAPOL. Texto apresentado em janeiro de 2025, disponível em: La-materia-del-observatorio-FAPOL.pdf

[4] Freud, S. A história do movimento psicanalítico (1914). Edição Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1974, Vol. XIV, p. 32.

[5] Laurent, É. La sexualidade infantil (2024). Freudiana, n. 103 – El desorden de lo real. Barcelona: ELP, Comunidad de Cataluña, 2025, p. 23. Grifos nossos.

[6] Ibidem, p. 26.

[7] Ibidem, p. 49-50.

[8] Lacan, L. Televisão (1974). Outros escritos, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2003, p. 524-526.

[9] Cottet, S. As referências freudianas sobre o corpo (2016). Texto de orientação do X Congresso da AMP “O corpo falante. O inconsciente no século XXI”. Rio de Janeiro, 2016. Disponível em: www.association-mondiale-psychanalyse.org/pt/o-congresso/o-corpo-falante/. Ver também: Miller, J-A. O inconsciente e o corpo falante (2016). Disponível no mesmo site.

[10] Laurent, É. Existe um final de análise para as crianças (1991). Opção Lacaniana – Revista Brasileira Internacional de Psicanálise, n. 10. São Paulo: Eolia, 1994, p. 24.

[11] Lacan, J. Alocução sobre as psicoses da criança (1967). Outros escritos, op. cit. p. 367.

[12] Laurent, 1991/1994, op. cit., p. 28.

[13] Expressão usada por S. Freud em “Três ensaios sobre a teoria da sexualidade” (1905). Cap. II – A sexualidade infantil – “Esquecimento do fator infantil”. Obras completas, Rio de Janeiro: Imago, 1966, v. VII, p. 180. Ver também o apartado V (Algumas discussões) no caso “O Homem dos Lobos”. Ed. Autêntica, Histórias clínicas. Obras incompletas de S. Freud, p. 587.

[14] Rabinovich, D. Nota Editorial. Lacaniana – Revista del Psicoanálisis, n. 26. Buenos Aires: Grama, p.7.

[15] Cf. proposto por Éric Laurent a partir de Lacan (Seminário 16, Lição de 30/04/1969, p. 285): a criança como “objeto a liberado, produzido”, uma vez que a família “não se assenta mais na metáfora paterna, […], e sim na maneira como a criança é o objeto de gozo da mãe, da família e, para além dela, da civilização”. In: Laurent, É. As novas inscrições do sofrimento da criança. A sociedade do sintoma – a psicanálise, hoje. Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria, 2007, p. 44-45.

[16] Cf. Laurent, 1991/1994, op. cit, p. 32 e Lacan, 1967/2003, op. cit, p. 367.

[17] Lacan, 1967/2003, op. cit.,p. 361.

[18] Laurent, 1991/1994, op. cit., p. 32.

[19] Bonnaud, H. L´infantile. In: Ironik !, n. 54, 14 mars 2023, publication en ligne (www.lacan-universite.fr), p. 3.

[20] Cf. Laurent, É. A luta da psicanálise contra a depressão e o tédio. (1997) Opção Lacaniana – Revista Brasileira Internacional de Psicanálise, n. 21, São Paulo: Eolia, abril 1988, p. 90. Veja-se também Lacan, J. Televisão (1974). In: Outros escritos, op. cit., p. 528-533.

[21] Cosenza, D. Clínica do excesso. Derivas pulsionais e soluções sintomáticas na psicopatologia contemporânea. Belo Horizonte: Scriptum, 2024, p. 72.

[22] Ibidem.

[23] Miller, J.-A. Uma conversa sobre o amor (1988). In: Opção Lacaniana online. Nova série, ano 1, n. 2, jul. 2010, p. 3. Disponível em: <http://opcaolacaniana.com.br/pdf/numero_2/Uma_conversa_sobre_o_amor.pdf>. Acesso em: 24/07/2025.

[24] Cf. Alberti, C. “El psicoanálisis en dirección de la juventud hoy”. Intervenção no XVI Congresso Internacional de Pesquisa e Prática Profissional em Psicologia, realizado na Faculdade de Psicologia, UBA, em Buenos Aires, em 27 de novembro de 2024. Inédito.

[25] Ibidem.

[26] Lacan, 1974/2003, op. cit., p. 526.

[27] Ibidem, p. 528.

[28] Laurent, 1997/1998, op. cit., p. 90

[29] Ibidem.

[30] Miller, J.-A. A propósito de los afectos en la experiencia analítica (1986). In: Matemas II. Buenos Aires: Manantial, 1988, p. 1962.

[31] Lacan, J. Televisão (1974). In: Outros escritos, op. cit., p. 525. Nessa escrita, Lacan usa gay (“feliz”, mas também aquilo que, do sexual, é fora das normas) e ça, o Isso. Ou seja, uma relação com o saber que implica o inconsciente, o desejo, o gozo, a surpresa.

[32] Miller, 1986/1988, op. cit., p. 162.