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ARGUMENTO

Falar com a Criança!

 (…) “Que pensez-vous de parler avec l’enfant?” me pergunta sorrindo J-A. Miller. Falar com a criança? Foi ao tomar a pergunta em sua equivocidade que uma alegria invadiu o espaço ao ler com os ouvidos o que salta aos olhos! É isso!!! Sim!!! Está aí a boa fórmula!

Vamos “Falar com a criança”, porque não se faz outra coisa numa análise do que fazer falar a criança: a criança das lembranças encobridoras, dos sonhos, do trauma, dos ensaios com a sexualidade, das frases marcantes que gritam pela vida afora como um murmúrio. Onde quer que se instale o discurso analítico, encontraremos a criança como seu agente. Quando, de repente, realiza-se o fato de sua presença (presença esvaziada enquanto essência), surge o objeto em sua ex-sistência como causa inspiradora lá onde nada há. (…)

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 EIXOS TEMÁTICOS

 EIXO 1

Falar de “isso de que não se pode falar”[1]

 Uma experiência analítica orientada pelo singular tenta captar palavras ou frases escutadas na infância, sem sentido, proferidas pelo Outro. Lalíngua afeta o corpo. O sujeito experimenta um excesso inominável que resta enigmático. Esse encontro com o real produz um troumatismo e deixa suas marcas significantes, assim como a fixação em um gozo impossível de dizer que comandará a repetição.

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EIXO 2

Falar … “testemunhar da melhor maneira possível sobre a verdade mentirosa”[2]

O falar com a criança na experiência analítica remete ao que no falasser está escrito como resposta do real e como desde aí as respostas aparecem na clínica: as teorias sexuais infantis, as lembranças encobridoras, as mentiras e seus equívocos da língua, os sonhos, os delírios, as fobias, a raiz aditiva do sintoma e tudo mais que o falasser inventa para lidar com o acontecimento de sua existência.

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EIXO 3

Falar com a criança sob transferência

 Falar em análise é uma experiência. Cada analisante, seja qual for a idade, a seu modo e a partir de seus sofrimentos, contará uma história. Não se trata apenas da história sugerida pelos sujeitos, mas do que se escuta a partir do destino dos objetos nesses relatos, que incluem o próprio sujeito como objeto.

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EIXO 4

O que fala a psicanálise da criança generalizada

Lacan assinala que através da criança generalizada pode se dar “a entrada de um mundo inteiro no caminho da segregação”[3].

O amo moderno impõe a todos um curto-circuito entre o sujeito e o Outro, através da oferta vertiginosa de objetos tecnológicos: o sujeito não responde mais por seu corpo, nem mesmo por seu gozo e os sintomas são reduzidos a transtornos a serem extirpados.

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