Henri Kaufmanner
EBP

 

Ligo a televisão e logo me deparo com o noticiário da tarde. Percebo um tom mais pesado na fala dos apresentadores, bem como uma forte indignação em todos que são convocados a se manifestar nas entrevistas externas. Afinal, mais dois adolescentes haviam sido assassinados no fim de semana, nos primeiros dias de março. Em cada nova chamada, o clima de indignação se mantém. Familiares, membros da comunidade, líderes políticos e responsáveis pela segurança são convocados a se explicar. Alguns acusam, outros se justificam, porém, é inegável que todos compartilham a mesma indignação e preocupação. Os registros de assassinatos têm subido vertiginosamente, e só no ano de 2018 chegaram ao número de 285 mortes por esfaqueamentos no Reino Unido, naquilo que nomeiam como Knife Crimes.

Convém lembrar que armas de fogo são proibidas nos países que o compõem, e por ser uma ilha, há um eficiente controle sobre a entrada dessas armas.

Não há como não expressar uma indignação transbordando de constrangimento, ao comparar o número de mortos na Grã Bretanha com, por exemplo, o número de mortos por causas violentas no Brasil. No ano de 2017, as cifras por aqui alcançaram o número aproximado de 65 mil mortes, em sua maioria de jovens e negros, prevalência esta que, é preciso assinalar, também se apresenta nas terras da Rainha. Apesar das diferenças entre as realidades desses dois mundos, a indignação de todos que tomaram a palavra na reportagem da BBC, era absolutamente sincera. Mesmo com as visíveis diferenças e particularidades das condições sociais, algo desse excesso, dessa revolta diante do Outro, insiste. Um ideal do bem comum provoca esse afeto, essa indignação que invade cada um, e que não se mede por meio de estatísticas.

Essa é uma importante característica do tema de nosso IX ENAPOL. Em nosso tempo, Ódio, Cólera e Indignação se mostram intensificados globalmente. Estes nos desafiam, na medida em que apresentam sua clara vertente política e sociológica, mas apesar disto, nos tocam também de maneira muito especifica, singular, mesmo que afetada pelos discursos dominantes nas sociedades em que nos inserimos.

Acompanhamos no Brasil, acontecimentos assustadores em escalas exponencialmente maiores. O que dizer, por exemplo, da enxurrada de lama sobre Brumadinho, que em uma lavada só, enterrou um número de pessoas bem maior que as estatísticas britânicas de violência. Não deixamos também de acompanhar com preocupação o que se passa em nossa vizinha Venezuela. Não há como não nos indignarmos com o sofrimento de seu povo. Assim como não há como sermos indiferentes às tentativas do presidente Donald Trump em construir um muro, separando a America First dos mexicanos e de todos aqueles que acreditam nesse sonho americano, como vimos recentemente com a marcha dos hondurenhos. Se não nos faltam razões para a indignação, como podemos operar nessa realidade a partir da psicanálise, tocando o singular de cada ser falante?

Indignação e resistência

Stéphane Hessel em seu pequeno libelo contra a indiferença, Indignai-vos¹, convoca-nos todos a essa paixão. Nomear como paixões, o objeto de nossa investigação é uma torção que se faz necessária. Miller, no texto “Os afetos na experiência analítica²”, nos orienta a essa retificação, afirmando que Lacan lança os afetos em direção às paixões, as paixões da alma. Em discordância com a noção de que os afetos se apresentariam como uma tentativa de harmonizar as relações entre o Eu e o mundo, o que estaria em jogo para Lacan, são os efeitos da linguagem sobre o corpo, e o gozo aí produzido, tocando diretamente às relações do sujeito com o objeto.

O próprio Hessel nos permite essa leitura, quando escreve que seus motivos não nasceram de uma emoção, mas de uma vontade de engajamento. Ele se dizia um otimista natural, que queria que tudo o que fosse desejável fosse possível.

A vida de Hessel foi uma vida de resistência.

Em 1941, ele se ligou à resistência francesa, sob o comando do General De Gaulle, desde Londres. Trabalhou na contraespionagem de informação e de ação. Em uma noite do fim de março de 1944, desembarcou clandestinamente na França tendo como missão fazer contato com as diferentes redes parisienses e encontrar novos lugares para as emissões da rádio da resistência, no intuito de criar condições para a difusão das informações até Londres, informações essas necessárias para os preparativos da retomada da França. Foi preso pela Gestapo, torturado nos interrogatórios. Neto de judeus, por parte de pai, foi enviado ao campo de concentração de Buchenwald, na Alemanha. Às vésperas de ser fuzilado, conseguiu trocar sua identidade com a de outro francês que havia morrido de tifo no campo de concentração. Com seu novo nome, foi transferido para outro campo de concentração, de onde fugiu. Sua história é ainda marcada por inúmeros outros relatos de enfrentamento e resistência. Este homem aos 93 anos, 3 anos antes de sua morte, escreveria sua convocação à indignação. Para ele, o motivo da resistência, desde o nazismo, foi a indignação.

Em seu pequeno livro, reconhece que na atualidade é muito difícil ter clareza dos motivos para se indignar, mas acredita que basta procurar com atenção que as causas se revelarão evidentes. Defende de forma veemente a indignação como uma prática política não violenta. Ao tecer comentários sobre atos terroristas, diz que os compreende, porém discorda de sua estratégia. Estes atos em nada adiantariam para a causa em jogo.

Para Hessel, os atos terroristas seriam explicados pela “exasperação” daqueles que se encontram em situação de submissão a um poder maior. Diz que nessas situações muitas vezes as reações não conseguem não ser violentas. Contudo insiste: é melhor es-perar que exas-perar. Hessel acredita na esperança, aquela que de acordo com seu relatado otimismo, tornaria possível tudo aquilo que se deseja.

Resumindo então, parece que para Hessel, a indignação funciona como um tratamento da exasperação, levando à esperança.

No dicionário Aurélio, da língua Portuguesa³ encontramos como sinônimos de exasperar: tornar áspero, enfurecido, irritar muito, encolerizar, enfurecer. Vejam que se trata de uma irritação intensa, colérica mesmo. Isso nos leva a arriscar mais um passo. A partir da convocação de Stéphane Hessel, podemos tomar a indignação como um tratamento da cólera pela via da esperança, pelo menos quando nos vemos submetidos a um Outro poderoso e que nos exaspera?

Exasperação ou cólera se aproximariam da referência lacaniana da emoção, na forma como esta se apresenta no esquema de Inibição, Sintoma e Angústia, estabelecido no seminário X⁴. Na conjugação do máximo de dificuldade, o embaraço, com a emoção, localizada no eixo que aponta a limitação do movimento. Neste encontro entre a emoção e o embaraço, teríamos as condições que precipitariam à passagem ao ato.

Nesta, o sujeito se precipita num campo, fora do sentido de sua vida, fora da dimensão fantasmática de sua experiência de ser. Assim, seguindo a lógica de Hessel, a indignação, deslocaria o sujeito dessa posição exasperada, restaurando pela via do Ideal, um laço com a fantasia, produzindo um deslocamento no eixo do movimento em direção à perturbação/efusão, o e-moi. A partir da fantasia, articula-se a esperança otimista que tornaria possível tudo aquilo que se deseja. Isso nos faz pensar que a indignação não é sem o objeto.

Não haveria nesse laço otimista da esperança, uma aproximação da noção de bem?

Esperança inglória

Não são poucos os momentos em que Lacan se refere à esperança. Recolho aqui aqueles que se fazem presentes em Televisão:

Em resposta a Miller, Lacan diz:

O senhor pensa a esperança como não tendo objeto? […] Espere o que lhe apetecer. Saiba apenas que, por várias vezes, vi a esperança – aquilo a que se chama os róseos amanhãs – levar ao suicídio, pura e simplesmente, pessoas a quem eu prezava tanto quanto a você⁵.

[…] A psicanálise certamente lhe permite esperar elucidar o inconsciente de que você é sujeito. Mas todos sabem que não incentivo ninguém a isso, ninguém cujo desejo não esteja decidido […]. A única chance que ex-siste decorre apenas do feliz acaso [bon heur], com o que pretendo dizer que a esperança não adiantará nada, o que basta para torná-la inútil, isto é, para não permiti-la⁶.

O convite de Hessel, que repercutiu de maneira intensa na Europa, e que tem uma importância política inestimável, não é o mesmo convite ofertado pelo psicanalista.

Ao psicanalista, no singular de sua prática, interessa algo que não é da ordem de um bem, mas do desejo decidido, causado por um objeto a ser elucidado, a partir da experiência de cada sujeito, determinado que é por seu inconsciente. Não é um atravessamento que se faça sem a angústia.

Por isso a participação do psicanalista na política toca sempre em uma complexidade que encontra na proposta de Zadig um esforço de elaboração. Por mais que nós, psicanalistas, nos aliemos ao esforço democrático de nossa sociedade, esforços muitas vezes fundamentais para a própria sobrevivência da psicanálise, sabem que o real em jogo em nossa prática é da ordem do pulsional. Trata-se do corpo e, nesse caso, o inconsciente é a política.

Lacan afirmava que toda moral deveria ser buscada “em seu princípio e em sua proveniência, do lado do real”⁷. Em seu seminário sobre a ética⁸, mostrou a articulação do desejo com a lei, e como a lei era responsável pela consistência lógica da Coisa, Das Ding. Assim, há algo da indignação que remete a esta articulação entre lei e desejo. Sabemos a partir de Lacan que nessa relação entre o sujeito e o bem há sempre uma mentira. Não seria possível uma aproximação direta com Das Ding, esse Bem almejado. Ao que parece, a indignação nos permite mantê-lo no horizonte, mais além, evitando assim a aproximação do objeto que se acredita bom. Uma aproximação maior revelaria a dimensão de objeto mau, que a distância não permitiria vislumbrar.

Indignação e tragédia

Tomemos o exemplo de Antígona. Ela é aquela que leva sua indignação às últimas consequências. Aquilo que se apresenta como bem para ela, é a dignidade de enterrar seu irmão, Polinices, o que era absolutamente contrário às leis da cidade.

Ao recorrer à tragédia de Antígona em seu seminário VII, contudo, Lacan o faz para demarcar a especificidade da ética da psicanálise. Ele nos mostra que o que está em jogo na psicanálise não é uma ética do bem. Como lembra Antônio Teixeira, “a tragédia se opõe à dimensão política do bem de todos, da mesma maneira que a dimensão ética do sujeito se situa em oposição à determinação significante do sujeito da ciência”⁹.O que a tragédia de Antígona nos mostra é que há algo de atópico no sujeito, sendo que essa atopia, que diz respeito à indestrutibilidade do desejo, deve ser colocada em jogo pela psicanálise. Das Ding é esse impossível de ser operado pelo simbólico e que funciona como ponto de atração do singular do desejo. O que Antígona revela, é que o desejo, pelo menos em sua referência à tragédia, tem uma dimensão transgressiva, pois para além do bem, para além da cidade, Antígona sustenta a lei de seu desejo até a morte. Antígona não cede de seu desejo, levando sua indignação para debaixo da terra.

A lei moral kantiana, e que estabelece o bem como uma dignidade compartilhável, seria apenas um mito, uma estratégia para nos aliviar da angústia produzida pelo encontro com o objeto onde este deveria faltar. A formalização posterior do objeto a, revela algo a mais sobre esse mau de Das Ding. Algo que encontraremos nas discussões sobre o ódio, como no Kakon, por exemplo.

A Crítica da Razão Prática permite-nos encontrar em Kant, ao que parece, uma estratégia, diante da constatação de que, com o avanço da ciência, o real não seria mais incorruptível. Já naquele tempo, o advento da física newtoniana, inaugurava uma realidade contingente, que exigia o estabelecimento de uma moral absolutamente desgarrada dos objetos patológicos. Era necessária, para Kant, a sustentação em um Bem Supremo. Não era mais possível se organizar em torno de uma realidade que se orientava na consistência daquilo que sempre retornava no mesmo lugar. O Outro, não mais se repetindo na regularidade com que se apresentava até então, não mais aliviaria os sujeitos, do desvario do gozo. O Outro revelava, a certo modo, sua faceta indignante, algo da ordem do Deus obscuro.

O insuportável de si mesmo

A referência a Deus me sugere que completemos uma trilogia trazendo à cena o Presidente Schreber.

Em suas memórias, ele nos fala do momento primeiro em que experimenta a feminização.

São desta época alguns sonhos, aos quais na ocasião não dei uma atenção particular e até hoje não daria, como diz o ditado, ‘sonhos são ilusões’, se, em consequência das experiências tida neste ínterim, não tivesse tido que pensar ao menos na possibilidade de estarem ligados a uma conexão nervosa comigo. … uma vez de manhã, ainda deitado na cama (não sei mais se meio adormecido ou já desperto), tive a sensação que me perturbou da maneira mais estranha, quando pensei nela depois, em completo estado de vigília. Era uma ideia de que deveria ser realmente bom/belo ser uma mulher se submetendo ao coito – esta ideia era tão alheia a todo o meu modo de sentir que, permito-me afirmar, em plena consciência eu a teria rejeitado com tal indignação que de fato, depois de tudo que vivi neste ínterim, não posso afastar a possibilidade de que ela me tenha sido inspirada por influências exteriores que estavam em jogo¹⁰. 

Conhecemos bem o esforço de Schreber, o trabalho de seu delírio, para tornar suportável, aceitável, a experiência de feminização que ele acreditava lhe ser impingida por esse Deus indignante, que não conhecia nada dos homens e que somente se relacionava com cadáveres. Esse Deus cuja presença lhe devastava, mas cuja distância lhe era insuportável. O velho presidente continua nos ensinando e, a partir de suas memórias, não há como desconhecer que há na indignação uma invenção do próprio sujeito, e essa invenção o alivia da experiência do desamparo, localizada em Schreber pelo seu receio em ser deixado largado à sua condição de objeto, o liegen lassen.

Para Lacan, se sua feminização, ordenada em torno da experiência de eviração, faria parte de sua reconstrução no campo imaginário, a identificação ideal reordenaria toda a sua produção simbólica.

Lacan assinala ainda o papel fundamental da experiência de morte em Schreber, para que ele passasse da indignação ao consentimento. Da volúpia a beatitude, em torno da morte, Schreber organiza sua construção. É em torno do assassinato d’almas, que ele reordena sua experiência de gozo e, lembremos, uma experiência de realização assintótica.

Na busca de referências bibliográficas sobre a indignação em psicanálise, encontro um texto de Miller que tem como título, “Como se revoltar”¹¹. Pela forma como ele desenvolve suas ideias, não me pareceu por demais imprudente, aproximar a noção de indignação com a noção de revolta presente neste texto.

Miller assinala que a revolta é distinta do saber, ela é sem mediação. Não se confunde nem com a revolução e nem com a subversão, pois estas exigem uma certa duração e um aprofundamento, enquanto a revolta é localizada no tempo, podendo ser entendida como um não instantâneo. A revolta se daria a partir de um encontro ao acaso com um impossível a suportar.

Quando o sujeito se dá conta de que seu impossível de suportar se encontra no interior de si mesmo, ele busca uma análise. Nesse caso, a indignação pode passar, muitas vezes, desapercebida. Não há a revolta, e assim, a expressão localizável da indignação, a menos que se localize o insuportável, no mundo, no exterior, enfim, no Outro. De maneira geral, buscamos uma análise quando percebemos que somos a própria fonte de nossa indignação. Uma parte de si mesmo se insurgiria contra seu próprio pensamento ou seu próprio corpo, quando algo não funciona bem. A forma como Schreber se refere à experiência de feminização, também expressa essa divisão.

Miller descarta qualquer possibilidade de terapeutizar a revolta. Ela deve ser respeitada como tal, em seu sentido, em sua dignidade. Haveria na revolta, a capacidade de elevar uma potência negativa da dignidade humana, e daí seu poder de se coletivizar, em nome mesmo dessa humanidade.

O revoltado, ou indignado, seria enfim, uma testemunha, potencialmente um mártir. Diferentemente da queixa, que insiste em revelar uma posição de impotência, a indignação é a revelação de um impossível.

O sacrifício advertido

Miller afirma que haveria somente uma maneira de se revoltar. A revolta, e eu insistiria aqui na aproximação com a indignação, somente é possível sacrificando-se. Não haverá indignação que valha esse nome se não houver o sacrifício de si mesmo. Dessa maneira, toda revolta se abre sobre o horizonte de morte, delineando uma via de acesso ao heroísmo.

Tal condição revela o estatuto reflexivo em jogo na indignação. Quando esta visa ao Outro a trajetória de sua flecha retorna sobre o próprio sujeito. Se a revolta aponta o Outro, aquele que priva, o sujeito mesmo é afetado pelo retorno de sua indignação sobre si mesmo, na medida em que o que esta em jogo é sua própria vida, é ele quem se sacrifica e se separa das raízes de sua existência. Quando o revoltado chega a perceber a natureza do impossível de suportar, descobre que esta tem seu próprio rosto.

É bem perceptível, a presença da morte e do heroísmo, na trilogia dos indignados a que recorri em minha exposição. Stéphane Hessel escapou da morte diversas vezes, esta sempre esteve presente em sua vida de resistência. Se ele sempre levou sua indignação às últimas consequências, contou também com um enorme talento para escapar e sobreviver às situações mortíferas que enfrentou em atos de inegável heroísmo. Antígona, a heroína trágica, marcada pela história de Édipo, seu pai, sustenta sua indignação até ser enterrada viva, e Schreber, ao se apresentar ao mundo a partir de suas memórias, revela-se como um caso único na humanidade. Ele afirmava que tanto a ciência, como a religião, teriam como aprender com sua experiência. Em suas memórias ele relata a dimensão sacrificial a que se oferecia para salvar a humanidade. Embora pela via delirante, experimenta a morte, a queda de todas as identificações, antes de inventar sua solução elegante.

Miller, enfim, conclui que revoltar-se de uma boa maneira é o que se poderia esperar de um analista, ao menos de um que tenha conseguido isolar seu impossível de suportar. Para se revoltar de uma boa maneira, convém estar advertido da reversão da revolta e de sua relatividade. Que o impossível de suportar é de cada um, e que a revolta em nome da justiça é frequentemente habitada por uma revolta causada por uma inveja do gozo, pelo sonho de uma justiça distributiva do mesmo. Seria importante ter cuidados com esta inveja, se queremos nos revoltar de uma boa maneira. Isso nos interessa enquanto cidadãos e psicanalistas, bem como interessa à psicanálise.

Não é o caso de enveredarmos pelo modo suicida.

Indignação sim, porém não toda!

 


 

Notas

¹ HESSEL, S. Indignai-vos. Trad.: Marli Peres. São Paulo: Editora Leya, 2011.

² MILLER, J-A. Les affects dans l’esperiénce analytique. La Cause du désir, nº 93, Paris, 2016/2, p.98-111.

³ BUARQUE DE HOLANDA, A. Novo Dicionário da Lingua Portuguesa. 2a Ed. Rio de Janneiro: Nova Fronteira, 1986.

⁴ LACAN, J. O seminário, livro 10: a angústia (1962/1963). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005. p.99.

⁵ LACAN, Jacques. Televisão, In.: Outros Escritos, Rio de Janeiro: Jorge Zaah, 2003, p.540.

⁶ Id.: p.541.

⁷ LACAN, J. O seminário, livro 10: a angústia (1962/1963). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005, p.164.

⁸ LACAN, J. O seminário, livro 7: a ética da psicanálise (1959/1960). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1988.

⁹ TEIXEIRA, Antônio. O topos ético da psicanálise. Porto Alegre: Edipucrs, 1999, p.50.

¹⁰ SCHREBER, D. P. Memórias de um doente dos nervos (1903). Trad.: Marilena Carone. Rio de Janeiro: Graal, 1985, p.59.

¹¹ MILLER, J-A. Comment se révolter ? La Cause freudienne, nº 75, Paris, 2010/2, p. 212-217.