CITAS
“Há um texto de Rimbaud, de que tratei ano passado, que se chama A uma razão, e que se escande por esta réplica que termina cada versículo – Um novo amor. (…) o amor nesse texto, é signo, apontado como tal, de que se troca de razão, e é por isso que o poeta se dirige a essa razão. Mudamos de razão, quer dizer – mudamos de discurso.”
“La perversión de la mujer se constituye del lado del amor. Éste es el sentido del ejemplo de Freud de la joven homosexual decepcionada por la falta de amor del padre, de tal manera que empieza a demostrarle qué es amar, que para amar necesita no tener. Es completamente diferente de la perversión en el hombre, que se constituye del lado del goce y em detrimiento del amor”.
“…a mística, que é, justamente, a relação com o grande Outro do amor. Tudo isso compondo uma bela irracionalidade.”
“Essas duas formas de gozo, repartição que recobre a própria experiência do corpo, dão conta das duas formas de amor distinguidas por Lacan, a forma fetichista e a forma erotomaníaca ̶ e por trás dessa palavra amor é preciso escutar o Liebe freudiano, ou seja, amor, desejo e gozo numa única palavra”.
“Aquí vemos surgir el amor en una función inédita. Lacan intenta poner en función al amor como aquello que se introduce para establecer la conexión con el Otro”.
“Más allá, el amor como irresistible extrae su fuerza, su exigencia, de la pulsión misma; es decir que puede cobrar el valor de una exigencia que se burla de la defensa. En esta línea, veremos más tarde de qué modo el amor puede ser equivalente a un síntoma”.
“Na última temporada da série Black Mirror , o episódio Hang the DJ é sobre a escolha de parceiros. Cada um tem um dispositivo com um aplicativo que irá indicar um parceiro e depois de alguns encontros o sistema reúne algumas informações formar o par perfeito definitivo. No primeiro encontro de Amy e Frank, o toque simultâneo de ambos faz surgir o tempo que deverão ficar juntos e inicia a contagem regressiva (…) Descobrimos, então, que o Outro não sabia, ele era apenas um operador na busca e de simulações. Quem faz o ponto de basta é a escolha que põe um fim às infinitas possibilidades e permite ressignificar como necessário o que aconteceu antes como contingência”.
“Longe de se resolver em uma composição significante determinada, o amor, por ser pedido de amor, é signo que acena para outro signo, instaurando desse modo, sua demanda sob a égide da insatisfação. Se do amor procede a contínua demanda por “mais ainda”, é porque o signo ao qual ele visa jamais encontra uma solução significante satisfatória no campo do Outro (…)
“O amor em jogo na transmissão (do pai) não advém de garantia alguma, e sua lei é ser suplência à relação sexual que não existe”
Por mais que o apaixonado faça a lista dos predicados da amada, sempre haverá a certeza de que algo permanece fora de alcance, a ser ainda descrito. Esse “algo” se situa no objeto de nossa afeição como marca de um indizível e assegura que é impossível esgotar pela nomeação o que se perdeu.
“Como definir a paixão? A melhora maneira de começar é pelo amor, e à primeira vista (…) A desmesura do amor parece localizar-se nas verdadeiras epifanias visuais a repetir o mote: nada buscava e te ver me fez cair desesperadamente apaixonado”
“Uma análise começa, muitas vezes, por um deslocamento de ênfase, da paixão do amor à ignorância, convertendo alguém até então apaixonado por outro (ou por si mesmo) em um amante da própria análise”.